terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Matar Soleimani

De acordo com relatos que circulam na media israelita, os Estados Unidos deram silenciosamente a Israel luz verde para assassinar Qodem Soleimani, o sinistro comandante da Força dos Guardas Revolucionários iranianos. O líder da força de elite do Irão também coordena a actividade militar entre a República Islâmica e a Síria, o Iraque, o Hezbollah e o Hamas, cargo que ocupa desde 1998. Como comandante da Força Quds reporta directamente ao líder supremo Ali Khamenei e supervisiona as operações secretas do Irão em países estrangeiros. Os Guardas Revolucionários prometeram esmagar severamente os protestos que actualmente ocupam várias cidades importantes  do país. Já vão no quinto dia, e depois de uma noite particularmente sangrenta,  houve 12 manifestantes mortos. Há três anos atrás, Israel esteve perto de assassinar Soleimani perto de Damasco, afirmou al-Jarida, mas os americanos impediram num contexto de intenso desacordo entre Washington e Jerusalém. Foi durante a administração Obama que, de acordo com os relatórios da época, estava tão focado em garantir o acordo nuclear com o Irão em 2015 que preferiu ignorar e até obstruir os esforços para reprimir as organizações terroristas apoiadas pelo Irão. Israel já realizou assassinatos secretos de alto risco em países estrangeiros ao longo dos últimos anos e décadas. Agentes da Mossad, alegadamente mataram em 2010 um alto comandante do Hamas que estava alojado num hotel do Dubai depois de voar da Síria. Uma suposta equipa de ténis e o seu treinador, munidos de falsos passaportes irlandeses e franceses, entraram no quarto de Mahmoud al-Mabhouh do Hamas e rapidamente o asfixiaram sem suscitar suspeitas dos outros hóspedes do hotel. Quando o corpo foi descoberto, os agentes da Mossad já tinham voado de Dubai para vários locais do mundo e nunca mais foram vistos.

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